terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Truman Show" Vs "Alegoria da Caverna"

Título Original: The Truman Show


Género: Drama



Origem/Ano: EUA/1998

Duração: 103 min

Direcção: Peter Weir

Elenco:

Jim Carrey...
Laura Linney...
Noah Emmerich...
Natascha McElhone...
Holland Taylor...
Brian Delate...
Blair Slater...
Peter Krause...
Heidi Schanz...
Ron Taylor...
Don Taylor...
Ted Raymond...
Judy Clayton...
Fritz Dominique...
Angel Schmiedt...

Sinopse: O vendedor de seguros Truman Burbank (Jim Carrey) vive em Seaheaven, um paraíso terrestre onde todos parecem conviver em perfeita harmonia. Mas o seu casamento com Meryl (Laura Linney) não anda muito bem e, para piorar, ele sente-se constantemente vigiado.

Decidido a investigar se realmente o estão espionando, Truman começa a perceber uma série de situações estranhas que aguçam ainda mais suas dúvidas e levam-no à descoberta: sua vida é um show de tv.

Abandonado pelos pais ainda bebé, Truman é adoptado por uma rede de televisão que o cria num mundo irreal: a cidade onde vive é um imenso cenário, a sua esposa, amigos, vizinhos, são todos actores contratados. A sua vida é uma farsa, acompanhada por milhares de telespectadores.

A partir de então a sua luta é para libertar-se e poder viver verdadeiramente.




Alguns dos elementos do filme “Show de Truman” que revelam o paralelo entre a obra de cinema e o mito Platónico:


1. A “Caverna das Aparências” de Platão funciona como um cativeiro, e os prisioneiros que habitam no seu interior, acreditam que as sombras que vêem projectadas dentro dela são a realidade (os prisioneiros vivem enganados por um processo de ilusão que os levam a tomar o falso como verdadeiro).
A ilha de Seaheaven é um grande cenário (um mundo falso) que também funciona como um cativeiro para o protagonista do filme Truman Burbank, que vive a sua vida dentro dela sem saber que é o astro de reality show exibido numa rede de televisão.


2. Os prisioneiros do mito da caverna estão algemados, estas algemas representam os pré-conceitos e pré-juízos das pessoas comuns. O pensamento irreflectido do dia a dia (do quotidiano).
O que prende Truman Burbank na ilha, é a rotina (seu quotidiano) e todas as estratégias subjectivas pensadas e aplicadas pelos mentores do reality show para torná-lo uma pessoa passiva, alienada e conformista.


3. Um dos prisioneiros da caverna torna-se um sujeito questionador e a partir daí percorre um doloroso caminho para fora da caverna.
Truman também começa a questionar o mundo à sua volta e a partir daí percorre um árduo e doloroso caminho para sair da ilha e conhecer o mundo real.


4. Nos dois casos sair da ilha é um risco, é perigoso. Ambos os personagens arriscam a vida nas narrativas, Truman para conseguir sair da ilha e o prisioneiro da caverna ao retornar para libertar os seus amigos de cativeiro.


5. Ambos os personagens buscam o caminho do novo, motivados por um desejo de saber para além do que conhecem.


Excerto do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=jc_isjiVLs8

http://www.webcine.com.br/filmessi/truman.htm


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